sábado, 16 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2

O inimigo agora é outro. A frase que sintetiza o segundo Tropa de Elite é perfeita: o tráfico de drogas, enfraquecido em algumas áreas do Rio de Janeiro, dá lugar a uma nova modalidade de crime organizado, mais complexa, que se fortalece no estado devido ao sucateamento policial e ao interesse de políticos que a respaldam com fins eleitorais. Falo das milícias, grupos paramilitares formados em sua maioria por ex-policiais que extorquem a população das comunidades em troca de uma suposta proteção, além de venderem serviços de gás e redes clandestinas de TV a cabo, e que veem em certos deputados, senadores e até governadores um eficiente suporte para continuar agindo sob a condição de ceder seus inúmeros e poderosos colégios eleitorais capazes de render milhares de votos nas eleições. O Capitão Nascimento cresce na hierarquia da corporação, torna-se chefe do setor de inteligência da polícia e encontra um panorama assustador: até nas altas patentes há corrupção e um jogo sujo de interesses. E vem o questionamento: para que serve o trabalho do BOPE se a raiz dos problemas de segurança pública encontra-se intimamente ligada à conivência de quem deveria justamente impedir tamanha desordem?

Vale a pena assistir.

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