domingo, 25 de abril de 2010

Rio de Janeiro em colapso

O mês de abril do ano de 2010 vai ficar marcado (negativamente) na história da cidade maravilhosa. Dois fatos paralisaram o estado, reacenderam a discussão sobre a omissão do poder público e puseram em xeque a estrutura da cidade: um nas primeiras semanas, por conta das chuvas, e outro no feriado de Tiradentes, fazendo sucumbir o sistema de transportes. Abril chegou para o Rio com ares de catástrofe. Chuvas torrenciais e incessantes por longos cinco dias fizeram o prefeito e o governador implorarem para que os cariocas não saíssem de suas casas, tamanho o estrago causado nas ruas. Os temporais deixaram a cidade submersa, intransitável e, o pior, causaram deslizamentos em diversos morros por todo o estado - fazendo o número de vítimas fatais chegar à casa das centenas. Passadas algumas semanas, Sérgio Cabral e Eduardo Paes fizeram um mapeamento geotécnico identificando todas as áreas da região metropolitana passíveis de novos desbarrancamentos e está aos poucos removendo os moradores e os reassentando em lugares mais seguros. A pergunta é: por que o mapeamento e o reassentamento só foram postos em prática após as tragédias?
No feriado de Tiradentes, quarta-feira ensolarada, tudo dava a crer que as ruas da cidade estariam tranquilas e sem retenções, o que não aconteceu. Um megaevento religioso levou ao Aterro do Flamengo um público estimado em um milhão de pessoas. Milhares de ônibus lotados de fiéis causaram trânsitos enormes na Zona Sul, no Centro e na Leopoldina. O metrô também sofreu superlotação, e a cidade ficou paralisada. O caso evidenciou o despreparo das autoridades e pôs em dúvida se o Rio conseguirá comportar a crescente demanda de veículos nas vias da cidade.


Desse jeito, como sediaremos as Olimpíadas de 2016?

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