quarta-feira, 9 de junho de 2010

Copa da África 2010


Chegou a hora! De quatro em quatro anos, um megaevento esportivo paralisa o planeta por um mês e atrai a atenção de todos. Trata-se da Copa do Mundo, que, depois de amanhã, tem início na África do Sul, país que tenta apagar os (ainda notórios) resquícios do apartheid, regime de segregação racial que imperou no país por décadas e que terminou há 20 anos. No passado, o país foi colonizado por inúmeras potências europeias, o que explica a diversidade de suas línguas (onze diferentes, ao todo), bem como de etnias.
A Copa da África também traz à tona uma pitada de globalização. Refiro-me à quantidade de naturalizados, que chega a 76 no total. Nunca antes na história das Copas houve tantos jogadores participando de seleções a que nao deveriam pertencer. Sou totalmente contra, pois tira a essência da competição, que é cada jogador defendendo sua nação. Exceto aqueles que se mudaram para o país muito cedo, ainda crianças, abomino a naturalização.
Sobre peculiaridades políticas, há uma que não pode deixar de ser citada, sobre a Coreia do Norte, que, por coincidência, encontra-se no grupo do Brasil. O governo do país recrutará (e financiará) cerca de mil chineses para representar a torcida norte-coreana na Copa! A torcida "postiça" se explica pelo rigoroso regime ditatorial e comunista que impera no país, famoso por ser o mais fechado do mundo.
Sobre a bola rolando, enfim, lamento a onda de lesões que se propagou pelas seleções às vésperas da competição. Diversos craques foram vetados, como Beckham, Ferdinand, Nani, Essien, Cabañas, Ballack, Drogba e Robben (esses dois últimos correm contra o tempo e tentam se recuperar). Contudo, apesar dos pesares, acredito que teremos um nível técnico alto no torneio e que o Brasil pode chegar lá e fazer bonito, mas temo por Espanha e Argentina, que, na minha concepção, estão à frente de nós e são as principais favoritas ao caneco. Que a bola role e que vença o melhor!

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